Capítulo 2 O jogador

Desejo, como foi estimulante e profundo.

Desejo, como foi misterioso e cativante.

Jackson estava exausto, permitindo que Lillian se sentasse em cima dele.

Lillian mordeu levemente o lábio, movendo-se para cima e para baixo no corpo de Jackson, uma cena que deixou Jackson atordoado.

"Ela é como uma bela flor. Neste momento, está florescendo no meu corpo", disse Jackson.

Assim que o prazer do amor estava prestes a atingir o pico, a mente de Lillian divagou. Ela lembrou da noite antes da tempestade de neve, catorze anos atrás, quando conheceu Jackson pela primeira vez.

Catorze anos atrás, naquele dia, o céu estava sombrio e frio, com uma austera paleta de cinza e branco envolvendo o exterior. Até as tipicamente marcantes casas duplex laranja-vermelho na comunidade tinham perdido seu brilho. A iminente tempestade de neve transformou o mundo inteiro em os quadros parados de um filme em preto e branco.

Foi neste dia que o vento norte uivava.

Bob Young era um jogador que havia perdido tudo.

Não, ele não estava completamente de mãos vazias. Bob ainda tinha um lar para se abrigar, com sua esposa, Mary Garcia, e dois filhos. Neste momento, Mary estava deitada no sofá, tricotando. A velha televisão na casa não conseguia mais reproduzir programas, a tela piscando com flocos de neve brancos, fazendo um som crepitante. A TV lamentável havia perdido completamente sua função, agora usada como luminária.

Mary estava absorta em ouvir o som vindo de um rádio ainda mais antigo. Seu conteúdo favorito era a previsão do tempo, pois determinava se ela precisava sair cedo amanhã para fazer compras ou evitar um certo período de mau tempo.

"Esta noite, haverá uma tempestade de neve em várias regiões do país. Os cidadãos são aconselhados a viajar com segurança." A previsão do tempo no rádio tocou pontualmente.

Lillian, de dez anos, estava fazendo panquecas para Bob. Infelizmente, ela procurou por toda a cozinha, mas não encontrou o mel necessário para a etapa final das panquecas. Ela estava preparada para ir à loja de conveniência a duas quadras de distância para comprá-lo.

"Mãe, posso pegar o guarda-chuva emprestado? Vou à loja de conveniência comprar mel", perguntou Lillian suavemente. Nesta casa, seu status era muito baixo porque ela não era "nativa" da casa.

"Não, Lillian. Você ouviu claramente a voz no rádio? É neve, não chuva."

Lillian abriu a porta, olhando para o céu acinzentado. Ela percebeu que a tempestade de neve estava chegando e desistiu da ideia de sair.

"Tudo bem", disse Lillian, impotente.

Mary não se importou com a decepção de Lillian. Ela olhou alegremente para a blusa de tricô em suas mãos, aquela que estava fazendo para seu filho mais velho, Max Young.

Naquele momento, Bob entrou cambaleando na casa.

Ele havia se embriagado no cassino com vinho tinto caro, como se pudesse escapar da realidade dessa maneira.

Bob jogava Texas Hold'em no cassino, um jogo de cartas baseado no tamanho dos pontos. Ele estava com sorte hoje, e com os bolsos cheios de dinheiro no dia do pagamento, estava muito confiante. Depois de dobrar seus ativos existentes na mesa de jogo, ele decidiu encerrar o dia e voltar para casa.

Assim que Bob estava prestes a sair do cassino, uma encantadora crupiê loira chamou sua atenção, fazendo-o sentir que sair o marcaria como covarde e fracassado.

Claro, esse não era o principal motivo que fez Bob decidir voltar para a mesa de jogo; era uma taça de Romanée-Conti, um vinho fino que ele nunca havia experimentado.

A crupiê sexy empurrou a taça de vinho na frente de Bob com suas mãos delicadas. Assim que ele estava prestes a levantar a taça, a loira se inclinou, usando seu generoso busto para bloquear a borda do copo.

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