Dei um Tapa no Meu Noivo—Depois Casei com Seu Arqui-inimigo Bilionário

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Capítulo 4

Assim que eles foram embora, Yvaine me arrastou pra fora do clube.

Droga. Eu odiava que Catherine tivesse previsto cada pensamento que passava pela minha mente.

Sim, eu ainda estava considerando salvar meu relacionamento com Rhys.

Mas agora? A verdade estava ali, inconfundível e crua—eles estavam dormindo juntos pelas minhas costas o tempo todo. E eu? Eu era apenas a tola, o peso morto nessa história torta deles.

O que eu não conseguia entender era—por que Catherine fingiu seu desaparecimento quatro anos atrás? O que exatamente ela estava escondendo? E por que voltar agora?

Meus olhos ardiam. Inclinei a cabeça pra o céu, engolindo o choro à força.

Tudo bem. Catherine está de volta. Perfeito. Agora eles podem se reunir como uma feliz família de quatro pessoas, e eu... eu finalmente estava livre.

"Mira... Eu sinto muito. Eu não fazia ideia de que eles estariam lá esta noite. Eu nem sabia que Catherine tinha voltado." Os olhos de Yvaine estavam cheios de arrependimento.

Dei uma risada amarga e balancei a cabeça. "Nem eu. Mas ouvi alto e claro—eles estão se pegando há um tempo. Pra eles, eu estava apenas no caminho."

"Filhos da mãe!" Yvaine sibilou entre dentes cerrados. "Você deveria contar pra seus pais. Deixe eles saberem que Catherine não é o anjo perfeito que eles pensam. E os pais do Rhys? Não vão tolerar um escândalo desses."

Fiquei quieta por um momento. Yvaine tinha razão—os pais de Rhys eram as únicas pessoas que me apoiavam. Mas ele era o filho deles. Eles não iriam me escolher em vez dele. Não no final.

E meus pais? Soltei um suspiro, pesado e cansado. "Você sabe melhor do que ninguém—eles só têm olhos para a Catherine. Não importa o que eu faça, nunca vou substituí-la."

Yvaine segurou meus ombros, preocupação escurecendo seu olhar. "E agora? Você vai deixar eles te humilharem?"

"Talvez." Minha voz caiu pra um sussurro, um cansaço a pesando. "Talvez se eu aceitar, isso finalmente acabe."

De repente, o celular de Yvaine vibrou. Ela olhou pra a tela, as sobrancelhas se franzindo de frustração. "Mira, meu agente acabou de ligar. Tem um ensaio fotográfico de última hora—tenho que ir agora. Você consegue ir para casa sozinha?"

Eu assenti, conseguindo esboçar um sorriso fraco. "Vá. Não se preocupe comigo. Eu ligo quando chegar."

Depois que ela foi embora, chamei um táxi. Instintivamente, dei ao motorista o endereço da minha casa. Mas, mal tinham se passado dois minutos de viagem, uma onda de pressão sufocante se abateu sobre mim.

"Não, espere," disse rapidamente. "Me leve a um bar. Qualquer bar. Apenas... longe de Roxanne."

O motorista nem piscou—claramente acostumado às demandas erráticas dos corações partidos de Skyline City.

Eventualmente, paramos em frente a uma boate desconhecida. Barreiras de corda de veludo. Uma multidão de influenciadores com paus de selfie. Nem me dei ao trabalho de verificar o nome. Entreguei algumas notas ao segurança e entrei.

Direto pra o bar.

"Whiskey sour. Grande. Continue trazendo."

"Senhora, talvez devesse ir com calma," disse o barman gentilmente, com preocupação na voz.

Bati meu copo vazio no balcão e empurrei meu cartão. "Eu gaguejei? Enche de novo."

O barman suspirou, mas atendeu.

"Aquele cara está certo," uma voz suave e magnética murmurou ao meu lado. "Muito álcool pode prejudicar a função cognitiva e o julgamento. A menos que você queira acordar na cama de um estranho esta noite—"

Me virei, irritada—então congelei.

Era ele.

O homem da noite passada. Meu novo vizinho. Aquele que me entregou minhas chaves com toda a elegância casual de uma estátua renascentista.

"Bem, bem. Você de novo." Levantei uma sobrancelha, um sorriso provocador surgindo nos meus lábios. "Você realmente não consegue resistir aos negócios dos outros, né?"

Ele riu suavemente, completamente imperturbável. "Pense nisso como um instinto bem desenvolvido pra ser útil."

Dei um suspiro exagerado. "Você é um herói, de verdade. Mas eu não preciso ser salva, Sr. Chaveiro."

"Eu sei," ele disse calmamente, levantando seu copo e tomando um gole lento. Seus olhos eram claros e penetrantes. "Mas você parece estar em necessidade desesperada de clareza."

Franzi a testa. "É assim que você trata todos os seus vizinhos? Primeiro as chaves, depois a dignidade?"

Ele riu—um som baixo e rico. "Só quando a vizinha parece estar à beira da autodestruição."

"...Mas eu estou sempre me autodestruindo," murmurei, de repente mais quieta. "Não parece meio patético? Como se minha vida inteira fosse só uma bagunça atrás da outra?"

Ele não riu. Também não se apressou em me tranquilizar. Ele nem sequer negou o que eu tinha acabado de dizer.

Ele apenas me olhou. Calmo. Silencioso. Como se estivesse assistindo a um desastre em câmera lenta se desenrolar—mas sem intenção de pará-lo.

"Você não está errado," ele finalmente disse, com a voz baixa e firme. "Você é muito boa em fazer bagunça. Como agora—você mal consegue ficar de pé e ainda está pedindo mais álcool."

Eu congelei, franzindo a testa instintivamente.

Mas ele continuou, seu tom despreocupado—como se estivesse folheando um livro e tivesse encontrado uma frase que já conhecia de cor:

"Mas estranhamente, você sempre parece encontrar alguém que se recusa a ir embora... bem antes de tudo desmoronar."

Eu o encarei, metade em choque, metade em suspeita. "Você está... flertando comigo?"

Ele me deu um sorriso lento, os olhos curvando-se preguiçosamente com a quantidade certa de malícia. Sua voz saiu suave e provocante, como veludo com lâmina escondida. "Isso faz você se sentir melhor?"

Sua voz era baixa e quente, como uísque sendo derramado em um copo à meia-noite—um pouco inebriante, um pouco perigosa. Ele me olhou com uma intensidade que parecia quase incontrolável, como se pudesse se inclinar perto e sussurrar coisas no escuro, na cama, perguntando se seu toque era forte o suficiente.

Meu coração deu um salto. Minhas bochechas coraram instantaneamente. Meus dedos se apertaram contra a borda do bar.

Eu tinha que olhar pra ele direito. Realmente vê-lo.

Aquele rosto—não era apenas bonito. Tinha aquele tipo de maturidade silenciosa e devastadora que nenhum perfume ou gel de cabelo poderia fingir. Não o tipo que você encontraria entre os garotos superproduzidos que dançavam ao som de música eletrônica como se fossem donos do mundo.

Um pensamento selvagem e não convidado passou pela minha mente.

Se eu deixasse ele ir embora esta noite, talvez estivesse rejeitando um daqueles raros e misericordiosos momentos em que o destino oferece uma segunda chance.

Antes que eu pudesse me impedir, minha mão envolveu a manga do paletó dele. Levantei-me do banquinho do bar, coração acelerado.

"Então, Sr. Keys," eu disse, minha voz rouca mas firme, "já que você está tão comprometido em ajudar... por que não ajudar até o fim?"

Ele claramente não esperava isso. Sua sobrancelha levantou-se ligeiramente, surpresa passando pelo seu rosto—mas ele não recuou. Ele não riu. Simplesmente disse, calmo e firme:

"Claro. Desde que isso seja algo que você não negue quando estiver sóbria."

"Tenho certeza." Respondi sem hesitação.

Apertando mais seu pulso, eu o puxei pela multidão e saímos do bar.

O vento da noite nos atingiu como um tapa purificador, as luzes da cidade piscando acima.

Eu não me permiti pausar. Sem tempo pra pensar, sem espaço pra arrependimentos.

Atravessamos a rua. Entramos no saguão do hotel mais próximo.

Porque esta noite, eu precisava saber se tinha coragem de aceitar o que o destino havia colocado na minha frente.

Deve ter sido uma noite e tanto, porque quando acordei, a luz do sol estava entrando pelas cortinas, e os números vermelhos do relógio digital piscavam 10:07 AM pra mim com a arrogância julgadora de uma freira pegando você saindo escondido da igreja.

Os lençóis ainda carregavam o cheiro dele—bergamota misturada com puro pecado—e meu corpo vibrava com os resquícios do que tínhamos feito.

Eu olhei pra o teto e pensei: Foi um sexo absolutamente fenomenal.

Do tipo que te destrói, te encanta, e te deixa burra o suficiente pra querer mais uma rodada.

Eu doía em todos os lugares—da melhor, mais lamentável maneira.

Mas minha cabeça... minha cabeça era um campo de batalha. Parecia que cem pequenos martelos estavam martelando meu crânio. O álcool da noite anterior havia declarado motim, e meu cérebro estava pagando o preço, como se alguém tivesse enfiado um ferro em brasa na minha têmpora.

Eu não fazia ideia de quanto bebi—definitivamente mais do que deveria.

Os detalhes haviam desaparecido em uma névoa mais densa que neblina de manhã em Londres.

Gemendo, rolei pra fora da cama. Gemei de novo. Comecei a juntar as peças espalhadas das minhas roupas.

O plano era simples: Vestir-me. Sair de fininho. Fingir que isso nunca aconteceu.

Eu tinha acabado de pegar minha saia quando uma voz me parou.

"Indo embora tão cedo?"

Droga.

Eu me virei—muito devagar, graças à ressaca e à vergonha—e o vi parado na porta do banheiro, uma toalha pendurada baixo nos quadris.

Gotas de água pendiam de seus abdominais, refletindo a luz da manhã enquanto desciam pelo V marcado do abdômen.

Eu o encarei. Sem vergonha.

Imagens da noite anterior voltaram à minha mente. De repente, senti... muita, muita sede.

"Precisamos conversar," ele disse.

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