Meu coração acabou de gaguejar?

Luciano

"Violência..." eu disse com um sorriso enquanto estendia a mão para a mulher mais linda que eu já tinha visto. Não me dei ao trabalho de levantar, não, isso lhe daria a opção de hesitar, e eu precisava que ela soubesse desde já que ela era minha. Nunca tive meu coração vacilando antes. Sendo criado a vida toda para me tornar o que sou hoje, nunca me permiti ter tais sentimentos. Sou o Don da família mafiosa mais proeminente deste país; meu coração não deveria vacilar. Mas quando esse anjo sombrio colocou sua mãozinha macia na minha, foi exatamente isso que aconteceu. Não hesitei. Assim que segurei sua mão, um leve puxão, e ela caiu direto nos meus braços. A mão que eu não estava segurando pousou suavemente no meu ombro, e guiei a mão que estava segurando para o meu outro ombro enquanto passava meu braço em volta da sua cintura, acomodando-a no meu colo em um movimento perfeito e fluido. Ela é pequena contra meu corpo. Delicada. Quebrável. Mas seus olhos são ferozes, e eles têm fogo.

Minha irmã, Stacy, tinha me contado sobre essa garota que trabalhava em um dos meus outros clubes. Ela não disse muito, apenas que parecia estar fugindo de algo... ou melhor, de alguém, e precisava de ajuda para sair de lá. Inicialmente concordei porque precisava de mais dançarinas, mas quando meu investigador particular olhou para a garota, Lilly Ontario, ele não conseguiu encontrar nada. Nenhum traço dela existia em lugar algum. E isso me intrigou. Normalmente, mesmo pessoas com identidade falsa são um caso fácil para o meu cara, mas essa garota o deixou perplexo. Liguei para Stacy esta manhã depois que Lilly chegou para falar com Kevin. Eu precisava saber mais enquanto a observava pelas câmeras de segurança no escritório de Kevin. Ela era bonita demais para ser ignorada. Stacy me contou que a encontrou apenas com as roupas do corpo, precisando de um emprego. Disse que, após o primeiro turno de Lilly, ofereceu-lhe uma carona para casa, já que era tarde demais para deixá-la ir a pé para qualquer lugar. Quando Lilly apontou para um parque, ela percebeu que a garota planejava dormir lá. Stacy não pôde permitir isso, então a levou para casa e a deixou dormir no sofá por algumas semanas, até que Lilly tivesse dinheiro suficiente para conseguir um quarto em algum motel barato do outro lado da cidade.

Não havia muito mais de importante que Stacy pudesse me contar, além do tamanho de suas roupas e sapatos. Enquanto minha mente tentava entender essa pequena anomalia bonita, me vi no shopping, escolhendo tudo o que eu poderia imaginar sua pele leitosa vestindo e despindo. Normalmente é um trabalho que passo para Kevin, mas essa garota fez algo comigo... e me senti inclinado a ser eu a escolher tudo o que ela vestiria contra aquela pele macia.

“Oh... hum, Sr. Donatello...”

Ela claramente estava desorientada pelos movimentos repentinos, sem saber o que estava acontecendo. Bom, pensei. Ela vai precisar aprender a confiar em mim. Ela estava corando, com um leve tom rosado nas bochechas, e, nossa, isso ficava tão bem nela. Eu me perguntava o que poderia fazer para mantê-la corada assim.

“Violência. Espero que tenha encontrado tudo o que precisava no camarim.”

“Ah, sim, senhor. Obrigada. Foi mais do que suficiente. E obrigada pela transferência para o clube.”

Ela estava rebolando aquele bumbum apertado no meu colo, sem dúvida nervosa por causa dos meus homens e de mim, e eu precisava movê-la rapidamente antes que ela sentisse o quão incrivelmente duro eu estava ficando. Isso provavelmente não seria a melhor primeira impressão.

Luca, meu melhor amigo e braço direito, estava sorrindo para ela como o golden retriever que ele é, e ela estava desviando o olhar pela sala, sem saber para onde olhar. Parecia que ela tinha se fixado no chão. Fiz uma anotação mental para quebrar esse hábito. Essa garota aprenderia a manter a cabeça erguida em qualquer sala comigo.

“Hmmm,” murmurei. “Vamos te colocar no palco, então. Minha irmã pediu que eu cuidasse bem de você, então, sempre que trabalhar aqui, seu único palco será no VIP. Não vou deixá-la lá embaixo com a multidão barulhenta, entendeu?”

“Sim, senhor. Entendo. Obrigada.”

“Sou o Luca, a propósito!” Luca disse, estendendo a mão.

“Você vai me girar e me puxar para o seu colo também?” ela respondeu com um pouco de sarcasmo.

Luca olhou para mim com aqueles olhos de cachorro pidão, como se eu realmente fosse deixar, e eu estreitei os olhos em aviso: se afaste.

“Claro que não,” ele disse. “Isso seria uma maneira rude de me apresentar, não seria?” Ele piscou e me cutucou.

Revirei os olhos e deixei a garota se levantar. Observei enquanto ela ajustava a roupa e dava um passo para trás em direção a Kevin.

“Pronta para dançar, Violência?” Kevin perguntou, oferecendo o braço novamente, o braço que eu queria que fosse o meu. Droga, sério? Isso é possessivo da minha parte...

Ela assentiu e se virou com ele em direção ao palco. Eu apenas fiquei sentado ali, observando aquele bumbum fofo se afastar—curvas tão perfeitas. Olhei para Luca, que estava fazendo a mesma coisa, e dei um tapa na parte de trás da cabeça dele.

“Ei!”

“Mantenha os olhos para você!”

“É literalmente um clube de strip, Don, e ela, bem... ela é algo especial de se olhar.” Ele mexeu as sobrancelhas, depois descansou o queixo nas mãos, ainda olhando para ela.

Eu não podia dizer que o culpava. Ela realmente é algo especial.