A Caçada do Magnata Dominador: Mãe de Quadrigêmeos, Nem Pense em Fugir

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Capítulo 8 Discovery

A casa da família Voss estava tão silenciosa como sempre, com a noite se infiltrando pelas janelas e a luz da lua lançando um brilho inclinado na porta ao final do corredor do segundo andar.

No quarto de Lena, a luz era quente e suave.

Um leve aroma de baunilha emanava da vela na mesinha de cabeceira, dissolvendo o cansaço do dia que ainda prendia-se aos seus nervos. Zoe estava encolhida no canto da cama, um pequeno embrulho com olhos vazios, ainda mordendo o coelhinho de pano limpo, seus dedos segurando a borda do cobertor sem se mover.

Ela dormia muito leve, o menor ruído fazia seus cílios tremerem.

Lena estava sentada à beira da cama, uma mão gentilmente pousada no cabelo de Zoe, alisando-o lentamente em um ritmo calmante que ela havia aperfeiçoado ao longo dos anos para acalmar Zoe.

Cinco pessoas já estavam sentadas em círculo no quarto, as cortinas deixadas abertas, permitindo que a luz prateada da lua se espalhasse sobre o cadeado prateado e o caderno no armário de vidro.

Lena segurava uma xícara de água morna, recostada nas almofadas.

"Eu deveria repreender todos vocês por agirem por conta própria," Lena começou suavemente, sua voz mal passando de um sussurro, como se temesse acordar Zoe. "Mas agora, o mais importante é descobrir o que a organização Rio Negro está tramando."

Ela colocou sua xícara de lado, segurando delicadamente a pequena mão de Zoe, seu olhar caindo sobre as três crianças à sua frente.

"Vocês notaram algo incomum quando entraram? Mesmo o menor detalhe, me contem."

"Senti que o armazém não era apenas um espaço abandonado. O layout era preciso, o sistema de isolamento estava intacto, com sinais claros de uso a longo prazo," Jade falou primeiro, relembrando os problemas que encontraram durante a exploração.

"Quando entramos, não parecia haver muitos guardas," Max acrescentou. "Eles simplesmente nos deixaram andar por aí. Parecia que poderiam estar planejando nos prender, mas era estranho."

"E a configuração deles era um pouco diferente do que eu consegui descobrir," Max continuou.

Lena assentiu lentamente. "Então você acha que eles estavam observando."

"Mas a questão é," Liam franziu a testa, "se era sobre informações, habilidades ou triagem de linhagem, por que não nos levaram? Por que levaram Zoe?"

"Ei—Liam—"

"Estou apenas sendo honesto," Liam disse, mostrando a língua.

Ele olhou para Zoe na cama. A pequena figura, ainda agarrada ao coelhinho, não havia se recuperado totalmente do susto, dormindo profundamente ao lado de Lena.

"Depois que fomos capturados, eles não me interrogaram. Apenas nos trancaram juntos, eu e Zoe," Liam lembrou. "Eles não disseram muito, e ninguém veio nos verificar. Foi muito estranho."

"Então o alvo não era Zoe?"

Lena levantou os olhos lentamente, finalmente olhando para Zoe.

"Não. Eles não precisavam que ela falasse, mostrasse algo, ou confirmasse se ela entendia. Eles só precisavam de uma coisa—controlá-la, para me controlar."

Um breve silêncio caiu.

"Você quer dizer..." Jade começou, "Eles estavam usando Zoe como... barganha?"

"Sim," Lena assentiu. "Com o que eu tenho, meus recursos, meu status... eles não podem me alcançar. Mas se Zoe cair nas mãos deles, eu terei que me apresentar."

Max assentiu, achando a explicação razoável.

"Vocês encontraram mais alguém?"

Liam hesitou por um momento, parecendo incerta.

"Não tenho certeza," ela disse baixinho. "Mas eu senti que havia um homem com uma máscara. Ele era estranho."

"O que havia de estranho nele?"

"A postura, os hábitos e... a forma como ele falava," Liam torceu os dedos. "Ele não me tocou, mas eu senti como se o conhecesse."

"Liam, nos conte mais. O que ele disse?"

"Ele disse que não tinha família, nenhum relacionamento com mulheres, que éramos isca, uma mentira fabricada. Eu não entendi."

"Não sei se ele estava mentindo, mas senti que não estava. Se estivesse, seria ruim. Eu realmente não conseguiria vencê-lo. E o anel que ele usava tinha uma cobra gravada."

Os olhos de Lena se estreitaram ligeiramente.

Ela se lembrou daquela cobra.

A Blackwell Syndicate havia investigado uma organização subterrânea, e apenas um ramo usava tal totem.

Era a camada interna de execução do Rio Negro.

"Você fez bem," ela disse suavemente. "Obrigada, Liam."

"Mãe," Jade disse de repente, "Eles se moveram muito rápido. Temos que assumir que já têm todas as nossas informações."

"É," Max disse calmamente. "O que precisamos fazer agora não é nos esconder, mas desviar. Enquanto pudermos enganá-los, teremos mais margem para erros."

Lena olhou para eles e de repente riu.

"Certo."

"A propósito, mãe, como foi hoje?" Max perguntou, lembrando por que Lena havia saído mais cedo.

"Foi melhor do que eu esperava," Lena respondeu, franzindo ligeiramente a testa. "Mas quando fui pegar as coisas da vovó, algo parecia errado. Eles estavam calmos demais."

"Cooperativos demais?" Jade perguntou.

"É," Lena assentiu. "E James não apareceu desde o momento em que entrei."

"Lembro que ele sempre adorava interferir com você," Liam franziu a testa.

"Sim, mas hoje ele não apareceu. Foi a Valentina que falou. Quando subi, ouvi algo da porta do escritório."

Lena olhou para cima, seu tom deliberado. "Foi algo que não ouvi quando entrei."

"Mãe, você quer dizer..."

"Provavelmente ele estava se escondendo desde o momento em que entrei, ouvindo nossa conversa, sem nunca se mostrar."

"Você o viu?" Max perguntou.

"Quando desci, deliberadamente dei alguns passos a mais. Ele me ouviu e se escondeu rapidamente," Lena zombou. "Os sapatos dele estavam atrás da porta."

"Se for o caso, alguém deve estar por trás deles," os olhos de Lena se escureceram. "A Família Voss era gananciosa, mas nunca fez nada tão sombrio. Agora estão se escondendo, o que significa que alguém os está observando... correndo rápido, também."

"Devemos agir diretamente?" Liam esfregou a faca de mola na ponta dos dedos, levantando uma sobrancelha.

"Sem pressa," o tom de Lena era calmo e certo. "Eles são apenas mensageiros. Matar muitos alertará os outros. Precisamos encontrar as raízes."

Não muito longe, Zoe se mexeu de repente, soltando o coelhinho de pano, seus olhos abrindo-se ligeiramente como se tivesse ouvido algo.

Lena imediatamente se inclinou, acalmando-a suavemente. "Está tudo bem, querida, a mamãe está aqui."

Sua voz era incrivelmente gentil, seu comportamento inteiro suavizando instantaneamente.

Ela abaixou a cabeça, colocando um beijo leve na testa de Zoe.

"Boa noite, Zoe."

Zoe fez um pequeno som de compreensão, aconchegando-se mais perto de Lena, suas sobrancelhas relaxando lentamente.

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